Chico Carlos ressalta a importância de Djavan na MPB
Djavan lança o vigésimo terceiro álbum
Por Chico Carlos
Na nossa
estreia, como colunista do grande amigo Muriê Moraes, colega de redação da
Folha de Pernambuco(gestão João Ásfora), enfatizamos um dos mais talentosos
compositores da música popular brasileira - Djavan que solta a voz na turnê de
“Vidas pra contar”, seu vigésimo terceiro álbum. O alagoano botou o pé na
estrada no início de 2016 e já percorreu mais de 40 cidades do Brasil e do
exterior, com passagens por Santiago, Buenos Aires, Lisboa, Porto e Estoril. Em
sua nova turnê, além de canções do novo disco, o espetáculo traz também
sucessos do artista, que conquistou o quarto Grammy Latino de sua trajetória,
em 2016, na categoria melhor canção em português, com a música que dá título ao
último trabalho e ao show. Para os fãs e admiradores de Djavan Caetano Viana,
estão confirmadas no roteiro musical “Não é um Bolero” e “Encontrar-te”, do
último álbum, e as clássicas “Oceano”, “Outono”, “Boa Noite”, “Eu te Devoro”.
Acompanhado por
Carlos Bala (bateria), Jessé Sadoc (flügelhorn, trompete e vocal), Marcelo
Mariano (baixo e vocal), Marcelo Martins (flauta, saxofone e vocal), Paulo
Calasans (teclados e piano) e João Castilho (guitarras, violões e vocal), o
artista é quem assina a direção do espetáculo, que tem iluminação de Binho
Schaefer e figurino de Roberta Stamato. Segundo ele, existe um código musical
que permite voos para todas as direções”. “É
uma coisa que me ajuda muito, uma vez que persigo sempre a diversidade. Eu acho
que a diversidade me impõe a estar sempre correndo riscos, e eu preciso disso",
assegura o músico. Quer mais? As músicas de Djavan são conhecidas pelas suas
"cores” originais. Ele retrata muito bem em suas composições a riqueza das
cores do dia a dia e se utiliza de seus elementos em construções metafóricas de
maneira distinta dos demais compositores. As músicas são amplas, confortáveis
chegando ao requinte de um luxo acessível a todos. Até hoje é conhecido mundialmente
pela sua tradição e o ritmo da música cantada.
Lembro muito bem
em 1982, quando pintou o convite da gravadora CBS, futura Sony Music, e Djavan
embarca para Los Angeles para gravar, sob a produção de Ronnie Foster, um dos
principais nomes da música "Soul" norte-americana, o disco
"Luz" (1982), com participação de Stevie Wonder na canção Samurai,
além de outros imensos sucessos como Sina, Pétala, Açaí, Capim e Luz.
Justamente neste ano, através do amigo jornalista/radialista, Washigton Franca,
que conheci Djavan numa coletiva de imprensa, no antigo Hotel Vila Rica de Boa
Viagem, no Recife. De forma simples, tranquilo e transparente, ele conversou
comigo e outros colegas durante uma hora e disse que o trabalho era resultado
de uma mescla da musicalidade brasileira de se exportar, com a influência jazz
americano. Deixou uma ótima impressão. Com "Luz" houve o
reconhecimento internacional e o caminho aberto para a fama e o sucesso, além
de ser a fonte dos maiores sucessos da carreira do artista. Até a próxima
pessoal, com a MPB no coração, mas deixando sempre uma vaguinha para o bom e
velho rock and roll e ainda para o jazz e blues!!!!
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