Exclusivo: Geógrafo Natalício Rodrigues fala sobre aspectos importantes do Riacho do Mel
O Riacho
do Mel - Um afluente do Rio Moxotó
CONSIDERAÇÕES
SOBRE A DEGRADAÇÃO AMBIENTAIS NO RIACHO DO MEL DE ARCOVERDE
Por Natalício de Melo Rodrigues*
Não há literatura sobre o riacho do Mel e os
dados aqui presente são resultado de pesquisa e vivência do autor quando da
construção do texto de mestrado e doutorado para apresentação em congresso e
atividades acadêmicas do curso de Geografia na UFPE entre os períodos de 2006 -
2012.
Localização
As bacias hidrográficas de Pernambuco se dividem
em 13 bacias, essas se dividem em dois grandes receptores que são: BI –
Pequenas Bacias de Rios Interiores em que os rios da região sertaneja drenam
para o Rio São Francisco, e as bacias denominadas BL-pequenas Bacias Litorâneas
em que os rios da zona da mata drenam diretamente para o Oceano Atlântico.
Riacho do Mel por sua localização, insere dentro
da rede de rios que compõe a drenagem receptora BI- 8 Bacia do Rio Moxotó,
esses rios por sua drenam para o Rio São Francisco e desde chega ao oceano
Atlântico. A bacia do Moxotó por suas dimensões faz fronteira naturais com os
divisores de água que separam ao norte geográfico do Estado da Paraíba, ao Sul
o Estado de Alagoas, a oeste e com os divisores de água da bacia do Ipanema de
nº 7, e a Oeste os divisores de águas da bacia do Rio Pajeú de nº8.
Aspectos
físicos e pluviométricos do Riacho do Mel
Cantado por Paulino Leite e Tonino Arcoverde, o Riacho
do Mel nasce em Arcoverde, entre as vertentes das Serras do Coqueiro e da Caiçara
ao Norte, e Serras de Santa Cruz a Sul a afluente da margem esquerda do rio
Moxotó possui uma extensão aproximada de 20 km, percorre o eixo urbano de
Arcoverde no sentido Vila da COHAB I em direção ao município de Cruzeiro do
Nordeste atual Central do Brasil, nesse trajeto sinuoso entre leito rochoso, é
captado em parte pelo açude do Xilili, desse se direciona ao Rio Moxóto rio
onde se torna um pequeno e esporádico afluente constituindo uma micro bacia
praticamente ocupada pelo plano urbano.
É um riacho de regime de caráter intermitente no
diz a respeito de fluxo fluvial e das parcas precipitações pluviométricas, só
para se ter uma ideia as precipitações em Arcoverde são da ordem 538 mm, muito
baixo quando se compra a Buíque que é de 1.496 mm. Essa condição pluviométrica
de pouca chuva é por sempre concentradas sazonalmente e quase sempre ocorrem
entre durante as estações chuvosas, que ocorre no inverno nos meses de junho e
julho, e no verão em março, e nessas épocas que a quantidade de água aumenta em
sua rede de drenagem, condição que se aplica ao seu afluente riacho Zumbi.
Entretanto, durante os períodos de estiagem que vai do mês de agosto até
fevereiro o riacho seca desde sua nascente.
Assim devido à condição de intermitência fluvial,
seu curso de água só é visível durante as enxurradas de inverno ou nas chuvas
de março (quando o ano não é seco), entretanto um pesquisador desavisado pode
vir a pensar que o riacho do Mel é perene, uma vez que o mesmo sempre tem água
nas suas calhas de captação, porém na verdade a enganadora condição perene é
resultado de lançamento de aguas usadas e poluídas nas residências que chegam
ao riacho.
Seu leito e sobre diversas e superpostas camadas
em rochas do tipo cristalinas e metamórficas em idade geológica que vai do
pré-cambrianas antigas até as coberturas mais recentes e quaternário e
antropogênica lançada pelo homem leia-se aqui o lixo. O setor mais rochoso do
riacho do Mel são os que se encontram localizados em suas áreas de nascentes e
no médio curso, podendo ser observados nas proximidades do açude do Chilili.
Mas, por ser um trecho de rio com razoável inclinação, as enchentes levam os
fragmentos de rocha para outros locais. O desnudamento o leito acaba por expor
os granitos, gnaisses e magmáticos descobertos como as que se se observou nas
imediações do açude do chilili.
Dadas a condições de dureza do seu leito rochoso
e sua resistência há pouco intemperismo químico e sua erosão fica sob controle
da camada rochosa impedido desacelerando um aprofundamento de sua calha no
sentido vertical, impedido maior coleta de água verticalmente. A sua erosão
lateral hoje não ocorre porque a ocupações urbano freia o processo e seu
consequente alargamento de margens.
Os
problemas ambientais no Riacho do mel e suas consequências
As degradações ambientais no Riacho do Mel
ocorrem em quatro condições:
* Nas
nascentes e divisores de águas representadas pelas “Serras de Santa Rita”
“Serrote” etc, no seu entorno;
* Ao longo
do seu curso pela ocupação de seus terraços;
*
Lançamentos de esgotos e lixo sem tratamentos;
Nas nascentes a degradação encontra-se associada
à inserção das torres de transmissão, desmatamento para retirada de lenha,
práticas agrárias e ocupações por loteamentos. Quanto a redes de transmissão o
dano ambiental é aparentemente reduzido a uma escala estética. O desmatamento é
mais significante, e estão associados a práticas agrícolas e
redução de área para expansão de loteamentos.
Esses impactos ambientais podem ser classificados das seguintes formas de
degradação: aceleramento dos processos erosivos nas encostas; danos à fauna
flora, liberação de grande quantidade de sedimentos ampliando a área de
assoreamento da calha do rio e dos canais urbanos.
O que torna a prática agrícola nessas vertentes
desaconselhável é justificado por razões geomorfológicas e ambientais. A
primeira justificativa, e que essa área se encontra sob permanente erosão
natural, onde à declividade e gravidade atuam conjuntamente. Desse modo, faz
com que as partes superficiais do parco solo existente, se direcionem
naturalmente em movidos lentos para as encostas. Durante os períodos de chuvas
essa ação se agrava, sendo por isso mais notada.
Quando essas áreas são submetidas a um
desmatamento para á prática da agricultura, por exemplo, o que ocorre é um
aceleramento desses processos. A chuva ao se precipitarem nas clareiras sem a
vegetação aberta pela agricultura, se choca com o solo desagregado, que com
auxilio da gravidade e a declividade, provoca o arrasto da escassa camada de
solo para as áreas mais baixas direcionadas ao talvegue do riacho do Mel. Essa
ação repetida vezes vai tornando o solo cada desse local cada vez mais infértil
e impróprio para a agricultura.
Embora a vegetação presente nessas encostas
apresente aspecto verde e tramita a ideia de fertilidade e solo abundante, nada
mais é, que apenas uma adaptação natural da “Caatinga” típica do Nordeste, ao
um litossolo escasso, de pouca chuva e pedregoso. Assim a ilusão de uma boa
produção agrícola nessa local ocorre apenas no início, enquanto parte do solo
ainda permanecer “estável”.
Quanto ao aspecto ambiental, o primeiro dano
ocorre com a queimada. Essa prática primitiva que antecede o preparo do solo
para á prática agrícola de pequeno porte como é caso nas vertentes das Serras
de Santa Rita, por si já é um problema. Estudos apontam que tecnicamente tem
sido a responsável pela aceleração dos processos erosivos, matam a fauna
endopedônica, que proporcionam maior aeração aos solos, além é claro, de
produzir matéria orgânica.
Ocupação
dos Terraços
Em quase todo seu percurso o Riacho só Mel sua
drenagem se dar sobre plano urbano onde seus terraços estão ocupados por
calçadas ou quintais de casas e blocos comerciais.
Essa ocupação sobre os antigos terraços e margens do impermeabiliza o solo, não permitindo que as aguas de chuvas e do transbordamento do rio penetrem no solo recarregando o lençol freático e diminuindo o fluxo de agua na superfície, assim permitindo que a quantidade de fluxo de água superficial aumenta sucessivamente provocando inundações.
Esse processo de ocupação urbana sobre as margens do rio e construção de canal resulta em graves alagamentos, pior é irreversível. As consequências da permanência dessa pratica já são conhecidas: alagamentos. O rio evolui erosivamente de duas formas, para baixo ampliando o leito e para os lados para controlar o lançamento de sedimento e liberação de energia, dessa forma alargando-o e aprofundando-o consequentemente captando mais aguas em suas calhas.
Na atual condição de ocupação a solução é mante as calhas do canal livre de lançamentos de lixo, não resolver mais ameniza e desobstrui um pouco a drenagem. Éimportante também que a sociedade cultive o bom habito de não lançar lixo nas ruas, condição requer educação da população para não lançar lixo nas ruas, sempre sabendo que não existe essa de jogar lixo fora, porque não lugar fora do Planeta. O lixo lançado na rua drena para os córregos urbanos ou esgotos, daí para o rio e do rio para os oceanos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
LEINZ, V.; AMARAL, S.E. 1980. Geologia Geral. 80 Ed. Cia Ed. Nacional. São Paulo. 397p.
POPP, J.H. 1987. - Geologia geral. Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro/São Paulo. 299p.
TEIXEIRA, W; TOLEDO, M.C..M. de; FAIRCHILD, T.R. & TAIOLI, F. 2000 – Decifrando a Terra. Oficina de Textos, São Paulo, 558p.
MOTA, Suetônio. Introdução à Engenharia Ambiental. 3a ed. Rio de Janeiro: ABES, 2003. 416p.
JATOBÁ, L.; LINS,R,C. Introdução a Geomorfologia, Bagaço, Recife. 2010.
Figura 1: Rio Moxoto recebe águas do Riacho do Mel de Arcoverde. A foto acima mostra sua condição hidrográfica perene algo que ocorre somente sazonalmente em épocas de cheias provenientes de chuvas. Autor: Natalício de Melo Rodrigues, 2010.
Figura 2: Na figura ver-se que o tom de cor da água denota apenas presença de sedimentos carreados de encostas nesse ponto a poluição é quase zero embora haja muitas partículas de solo . Em segundo plano e acima da copa da arvore é possível observar ao fundo parte das encostas da "Serra da Microndas" uma das principais vertentes de fluxos hídrico do riacho do Mel que cruza o centro de Arcoverde vindo a receber os poluentes residenciais. Fonte: Natalício Rodrigues.2014.
Figura 3 : Observa-se que a ocupação urbana avançou em direção as escarpas dos recortes residuais do Planalto da Borborema, ocupando as encosta da Serra da Santa Rita e aumentando o fluxo de drenagem superficial do riacho do Mel. A impermeabilização por pavimentação urbana aumenta tem sido apontado como principal responsável pelo aumento de carga hídrica no centro urbano e consequentemente cheias nas imediações do Largo 13 de Maio e avenida Cel. Antonio Japiassu. Fonte: Natalicio de Melo/2014.
Figura 4: Observa-se o paredão de contenção de água do açude Riacho do Pau situado no municio da Pedra-PE em condições criticas de armazenamento. A esquerda é possível observar o aferidor de nível, em dois tom de cores, a branca elucida o limite máximo, a marrom o ponto máximo de retenção registrado na época das cheias. Fonte: Arcoverdereporter(disponível do Google 2014).
.
Figura 5: Serviço de limpeza e dragagem no leito rochoso do riacho do Mel. Nota-se que a quantidade de sedimentos tem diminuído, de outro modo a máquina afundaria se o leito fosse lamoso e com grande quantidade de sedimentos, quanto maior for o grau de pavimentação urbana menor é capacidade de carga do leito do rio ou riacho como e esse caso.(Fonte: Google.2014).
Essa ocupação sobre os antigos terraços e margens do impermeabiliza o solo, não permitindo que as aguas de chuvas e do transbordamento do rio penetrem no solo recarregando o lençol freático e diminuindo o fluxo de agua na superfície, assim permitindo que a quantidade de fluxo de água superficial aumenta sucessivamente provocando inundações.
Esse processo de ocupação urbana sobre as margens do rio e construção de canal resulta em graves alagamentos, pior é irreversível. As consequências da permanência dessa pratica já são conhecidas: alagamentos. O rio evolui erosivamente de duas formas, para baixo ampliando o leito e para os lados para controlar o lançamento de sedimento e liberação de energia, dessa forma alargando-o e aprofundando-o consequentemente captando mais aguas em suas calhas.
Na atual condição de ocupação a solução é mante as calhas do canal livre de lançamentos de lixo, não resolver mais ameniza e desobstrui um pouco a drenagem. Éimportante também que a sociedade cultive o bom habito de não lançar lixo nas ruas, condição requer educação da população para não lançar lixo nas ruas, sempre sabendo que não existe essa de jogar lixo fora, porque não lugar fora do Planeta. O lixo lançado na rua drena para os córregos urbanos ou esgotos, daí para o rio e do rio para os oceanos.
Todo rio tem em seu curso uma área larga para
onde drena a energia cinética gerada pela declividade do seu curso e combinação
com a força da gravidade. Em Arcoverde o Riacho do Mel tinha como área uma
lagoa onde hoje se situa o SESC, O Estádio Souto Maior hoje ocupadas.
Quando ocorreu a grande cheia de 74 toda essa
área ficou alagada chegando a entrar água nas casas que ficam de frente para a
Praça da Bandeira e fundos para o atual SESC. Naquela ocasião o muro do estádio
Souto Maior chegou a ruir e as águas cobriram todas as pontes de Arcoverde.
Naquele ano um Grande Circo russo Vostok estava em Arcoverde, os elefantes
ficaram enfurecidos pelo cheiro da água e foram encontrados nas piscinas da
Praça da Bandeira. No Largo 13 maio entrou água em as casa, hotéis e pontos
comercias. A Avenida Coronel Antonio Japiassu ficou cheia de aguas e
sedimentos. No bairro São Geraldo próximos as serras divisoras de água do
Riacho do Melo as enxurradas derrubaram diversas casas. Naquele cheia ficou um
recado hoje esquecido: um rio um dia retoma seu curso.
Lançamento
de esgotos
Aparentemente que visita Arcoverde fica a pensar que o riacho
do Mel seja de fato um rio perene, porém esse fenômeno tem uma explicação, na
verdade essa aparente condição fluvial “perene”, deve-se à rede de drenagem de
esgotamento sanitário residencial, industrial, etc., que é lançada diretamente
sem tratamento na calha do riacho que percorre toda a área urbana central no
sentido Leste-Oeste de Arcoverde.
Essa perenidade advém na verdade de águas
lançadas na rede de saneamento pela Companhia de Águas do Estado de Pernambuco(Compesa).
Captada em uma estação de tratamento no sopé da Serra de Santa Rita a 806
metros de altitude, com capacidade de tratar cerca de 725,00 m3 de água por
hora, opera com uma vazão controlada em função da disponibilidade dos
mananciais. Tudo leva a crer e em conformidade com dados disponíveis o volume
total de água lançada na rede doméstica por dia gira entorna de 17.349 metros
cúbicos de água por dia quando em fluxo normal sem racionamento.
Os parcos recursos hídricos que alimentam esse
fluxo de água têm origem na rede de saneamento urbana. Segundo a Compesa esse
recurso hídrico é oriundo principalmente do açude do Riacho do Pau e dos Poços
da Bacia do Furtuoso. A fonte maior a barragem está localizado no município de
Pedra(PE) enquanto que outra parte dessas águas provém de poços do Sitio
Furtuoso, localizado na Bacia Sedimentar do Jatobá no município do Ibimirim -
PE.
A extensão do riacho submetida à poluição mais
significativa gira em torno de 12 km de extensão, e se limita praticamente à
zona urbana de Arcoverde. A primeira descarga de poluentes sem tratamento
lançada no riacho ocorre na altura da COHAB I. Embora exista uma Estação de
Tratamento da Água (ETA) os resíduos são despejados diretamente no Riacho do
Mel. Desse ponto em diante os lançamentos de resíduos generalizam-se e passa a
ser algo comum e sem controle, recebendo detrito das áreas residenciais dos
bairros: Boa Vista, São Geraldo, Centro, São Miguel entre outros.
Segundo Mota (1997, p.119), um dos principais
problemas resultantes do lançamento de esgoto nos corpos de água é a matéria
orgânica presente na água percolada. Ao se lançar matéria orgânica em um
manancial de água, inicia-se uma grande proliferação de bactérias aeróbias, que
ao efetuarem a decomposição da matéria orgânica utilizam grande quantidade de
oxigênio. O ponto inicial de contato entre o riacho e a matéria orgânica
poluente é denominado Zona de Degradação (MOTA, 1997,121). Nesse caso
especifico de Arcoverde, maior parte dos detritos é oriunda das descargas dos
esgotos residenciais.
Nessas áreas onde se concentram as descargas da
matéria orgânica, a água apresenta um aspecto escuro, sujo, presença de
sedimentos de material sólido, proliferação de barata e ratos, é uma demanda
bioquímica de oxigênio (DBO) em valores bastante elevados. Aos poucos na medida
em que se distancia do perímetro urbano em direção a as áreas rurais o riacho
começa a apresentar sinais de recuperação. Segundo Mota (1997, p.118) “todo corpo
d’água tem condições de receber e depurar, através de mecanismos naturais,
certa quantidade de matéria orgânica”. Esse setor onde se inicia a recuperação
natural do riacho denomina-se tecnicamente na Engenharia Ambiental de Zona de
Recuperação Ativa.
No Riacho do Mel, esse processo natural de
autodepuração dar-se inicia na altura do Sitio Engole Cobra, distante cerca de
9km de nascente. As águas nesse setor apresentam-se mais translúcida, e há um
significativo aumento da oferta de oxigênio dissolvido, ocorre queda na DBO, e
uma diminuição bastante significativa de bactérias aeróbias (MOTA, 1997,120).
Na altura do açude do Xilili, o Riacho do Mel deixa de percorrer a Zona de
Amortecimento e entra nos limites oficiais do Parque Nacional do Catimbau.
Nesse setor o riacho entra atinge às condições normais ou Zona de Águas Limpas.
Mota (1996, p.119), afirma que nesse ponto as bactérias decrescem, o DBO
torna-se insignificante, e o oxigênio aumenta de forma significativa, peixes, e
outros organismos se proliferam abundantemente. Entretanto vale esclarecer que
esse fenômeno de autodepuração das águas pode variar pode variar de um rio para
outro.
LEINZ, V.; AMARAL, S.E. 1980. Geologia Geral. 80 Ed. Cia Ed. Nacional. São Paulo. 397p.
POPP, J.H. 1987. - Geologia geral. Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro/São Paulo. 299p.
TEIXEIRA, W; TOLEDO, M.C..M. de; FAIRCHILD, T.R. & TAIOLI, F. 2000 – Decifrando a Terra. Oficina de Textos, São Paulo, 558p.
MOTA, Suetônio. Introdução à Engenharia Ambiental. 3a ed. Rio de Janeiro: ABES, 2003. 416p.
JATOBÁ, L.; LINS,R,C. Introdução a Geomorfologia, Bagaço, Recife. 2010.
*Natalício de Melo Rodrigues é Doutor em
Geografia (stricto sensu) - Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2012);
Mestre em Gestão e Politicas Ambientais (stricto sensu) - UFPE (2009);
Especialista em Ensino Superior de Geografia (lato Sensu) - Universidade de
Pernambuco - UPE (1998); Licenciatura Plena em Geografia - Centro de Ensino
Superior de Arcoverde - CESA (1985); Coordenador do PIBID - Geografia AEB;
Orientador de Trabalhos de Conclusão de Curso - TCC, na Graduação e
Pós-Graduação (Latu Sensu).
Figura 1: Rio Moxoto recebe águas do Riacho do Mel de Arcoverde. A foto acima mostra sua condição hidrográfica perene algo que ocorre somente sazonalmente em épocas de cheias provenientes de chuvas. Autor: Natalício de Melo Rodrigues, 2010.
Figura 2: Na figura ver-se que o tom de cor da água denota apenas presença de sedimentos carreados de encostas nesse ponto a poluição é quase zero embora haja muitas partículas de solo . Em segundo plano e acima da copa da arvore é possível observar ao fundo parte das encostas da "Serra da Microndas" uma das principais vertentes de fluxos hídrico do riacho do Mel que cruza o centro de Arcoverde vindo a receber os poluentes residenciais. Fonte: Natalício Rodrigues.2014.
Figura 3 : Observa-se que a ocupação urbana avançou em direção as escarpas dos recortes residuais do Planalto da Borborema, ocupando as encosta da Serra da Santa Rita e aumentando o fluxo de drenagem superficial do riacho do Mel. A impermeabilização por pavimentação urbana aumenta tem sido apontado como principal responsável pelo aumento de carga hídrica no centro urbano e consequentemente cheias nas imediações do Largo 13 de Maio e avenida Cel. Antonio Japiassu. Fonte: Natalicio de Melo/2014.
Figura 4: Observa-se o paredão de contenção de água do açude Riacho do Pau situado no municio da Pedra-PE em condições criticas de armazenamento. A esquerda é possível observar o aferidor de nível, em dois tom de cores, a branca elucida o limite máximo, a marrom o ponto máximo de retenção registrado na época das cheias. Fonte: Arcoverdereporter(disponível do Google 2014).
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Figura 5: Serviço de limpeza e dragagem no leito rochoso do riacho do Mel. Nota-se que a quantidade de sedimentos tem diminuído, de outro modo a máquina afundaria se o leito fosse lamoso e com grande quantidade de sedimentos, quanto maior for o grau de pavimentação urbana menor é capacidade de carga do leito do rio ou riacho como e esse caso.(Fonte: Google.2014).
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