Dez livros para presentear no Natal ou, simplesmente, colocar na estante da sala
O Natal vem chegando e este site, amante que é
da boa leitura, apresenta dez livros importantes da Literatura nacional para
você agregar à sua estante.
De acordo com o link Educação, do Portal
Terra, a lista começa por Dom Casmurro
de Machado de Assis. Narrado em
primeira pessoa por José Bento, o Bentinho (apelidado, na velhice, de Dom
Casmurro, por viver recluso e solitário), que tenta reviver emoções afetivas
com o objetivo de reconstituir o passado e sua história amorosa com Capitu.
Torturado pelo ciúme, por não saber se Capitu havia ou não o traído com o amigo
Escobar, Bentinho não consegue mais suportar a presença da mulher e do filho
Ezequiel. Decide, então, separar-se deles. Em seguida, faz uma viagem com a família à
Europa, onde ficam Capitu e Ezequiel. Bentinho volta sozinho ao Brasil. Após
alguns anos, Capitu morre, sem ter retornado ao País ou revisto o marido.
Ezequiel, já moço, faz uma única visita ao pai, morrendo pouco depois numa
viagem de estudos ao Oriente. Bentinho, já velho, fecha-se cada vez mais na sua
vida solitária, quando passa a ser chamado de Dom Casmurro.
Depois vem Amálgama, de Rubem Fonseca. Nele residem
todos os elementos (o erotismo, a violência, a velocidade narrativa, o clima
noir) que consagraram o autor de Lúcia McCartney. Rubem Fonseca consegue
construir uma narrativa que se desenha ao longo dos contos e, ineditamente, das
poesias. Personagens e situações unidos pela tristeza, pela dor, pela raiva,
pelo fracasso, pela ternura e pelo amor, um verdadeiro amálgama de vidas que se
constroem e se destroem num instante.
Em terceiro lugar aparece Macunaíma, de Mário de Andrade. Publicado em 1938. Por falta de editora, a tiragem do romance foi de apenas 800
exemplares, mas o livro foi festejado pela crítica modernista por sua inovação
narrativa e de linguagem. Macunaíma é o herói sem caráter, símbolo de um povo
que não descobriu sua identidade. Uma releitura do folclore, das lendas e mitos
do Brasil, escrita numa linguagem popular e oral.
Em quarto lugar vem o chamado anjo
pornográfico da literatura nacional - Nelson Rodrigues - com Vestido de Noiva que o autor
pernambucano como um dos nomes mais importantes da dramaturgia nacional. Enquanto
se recupera no hospital depois de ser atropelada, Alaíde é assombrada por
lembranças de seu passado conflituoso e as de madame Clessi, uma prostituta do
começo do século 20. Encenado pela primeira vez em 1943, a peça que se articula
em três planos cênicos (alucinação, memória e realidade), foi o primeiro grande
sucesso de público de Nelson Rodrigues.
Em quinto lugar aparece Triste fim de Policarpo Quaresma, de
Lima Barreto.
Patriota doente, Quaresma teria enlouquecido se a Revolta da Armada não lhe desse a oportunidade de provar seu amor à pátria. Mas que pátria? Funcionários civis e militares sugando o Estado em benefício próprio? Criticando os costumes políticos brasileiros, o romance enfatiza a necessidade de se repensar nossa realidade social, constituindo um grito de protesto em meio à indiferença geral.
Patriota doente, Quaresma teria enlouquecido se a Revolta da Armada não lhe desse a oportunidade de provar seu amor à pátria. Mas que pátria? Funcionários civis e militares sugando o Estado em benefício próprio? Criticando os costumes políticos brasileiros, o romance enfatiza a necessidade de se repensar nossa realidade social, constituindo um grito de protesto em meio à indiferença geral.
Morangos mofados, de Caio Fernando Abreu,
é o sexto lugar. A busca, a
dor, o fracasso, o encontro, o amor e a esperança estão presentes na série de
contos que se entrelaçam como se fossem um romance nesta obra. Morangos Mofados foi o
maior sucesso de Caio, que lançou 11 livros e foi traduzido para diversas
línguas.
A lista continua com Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Na obra, o Sertão é visto e vivido de uma maneira subjetiva e não apenas como
uma paisagem a ser descrita, ou como uma série de costumes que parecem
pitorescos. Sua visão resulta de um processo de integração entre o autor e a
temática. Dessa integração a linguagem é o reflexo principal. Para contar o
sertão, Guimarães Rosa utiliza-se do idioma do próprio sertão, falado por
Riobaldo em sua narrativa. São os elementos básicos da condição humana que, em
última análise, encontramos em 'Grande Sertão - Veredas' o que ela tem de mais
fundamental: o amor, a morte, o sofrimento, o ódio, a alegria.
O mundo lúdico de Monteiro Lobato aparece com Reinações de Narizinho, um clássico da literatura infantil brasileira que continua atual como
nunca, reúne histórias escritas por Monteiro Lobato em 1920. O livro narra as
primeiras aventuras que acontecem no Sítio do Pica-pau Amarelo e apresenta
Emília, a boneca de pano tagarela e sabida; Tia Nastácia, famosa por seus
deliciosos bolinhos; Dona Benta, uma avó muito especial; e sua neta Lúcia, a
menina do nariz arrebitado. Lúcia, mais conhecida como Narizinho, é quem
transporta os leitores a incríveis viagens pelo mundo da fantasia.
Como não ler Horas de Desespero de Pedro Bandeira? Um grupo de presidiários foge da prisão levando o
diretor como refém. Um dos condenados sugere que o grupo se esconda na escola
da favela, onde ele estudou e que conhece muito bem. Os alunos e professores
também são feitos reféns e a polícia cerca a escola. Os bandidos ameaçam matar
as crianças, caso seus pedidos não sejam atendidos. Somente com muita coragem e
heroísmo essa situação poderá ser resolvida sem que vidas sejam perdidas.
Quem fecha a lista é A morte e a morte de Quincas Berro D'Água, de Jorge Amado. Se arte tenta, sem entrar em discussões conceituais, ao menos abarcar com força
os seres humanos, mudá-los de lugar, fazê-los sentir cheiros e gostos, ter
novos questionamentos e anseios, então, não há dúvidas: ‘A Morte e a Morte de
Quincas Berro D'Água’ é uma obra de arte da maior grandeza. Neste curto
romance, Jorge Amado conta a história da morte (ou das mortes, como saberá o
ouvinte) de Quincas Berro D'Água. Quincas é um funcionário público que deixa a enfadonha vida em família e
o dia-a-dia burocrático para viver como bem entende, bebendo cachaça e amando
as mulheres e o mar. Sua morte põe em xeque os valores e sentimentos da família,
dos amigos e da própria sociedade. Quem é o defunto? É o respeitável
funcionário Joaquim? Ou o vagabundo beberrão que vagava pelas ruas de Salvador?
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