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Quando não havia Netflix: Porque Apocalypse Now é tão importante

Feito há exatos 40 anos, Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola, não é só um filme de guerra. É uma imersão no inconsciente humano quando confrontado com situações extremas que distorcem dogmas ou burlam o manual do que é certo ou errado. Para começar a versão redux não presta. Opte pela original. A dica é assistir com um bom home-theater para sentir de perto a música do The Doors(The End) tocando, o barulho dos helicópteros, o ventilador do quarto fazendo barulho e Martin Sheen completamente possuído. A seqüência de ataque dos helicópteros ao som de "A Cavalgada das Valquírias"(do alemão Richard Wagner) é simplesmente espetacular e frase clássica do personagem de Robert Duvall(como o Coronel "surfista" Kilgore) - é inesquecível quando dizia que adorar “o cheiro de Napalm pela manhã". O roteiro foi originalmente concebido por Millus no fim dos anos 60, através de uma ideia de mudar a história do romance O Coração das Trevas(de Joseph Conrad), em que Charles Marlow parte em uma busca no Estado Livre do Congo pelo desaparecido Sr. Kurtz, para a época da guerra do Vietnã. A ideia chegou até Coppola no meio da década de 1970, inicialmente ele planejava apenas produzi-lo. O cineasta assumiu a direção e decidiu fazer o filme na Manila e Filipinas em busca de baixos custos e equipamentos emprestados pelo governo local, com a distribuidora United Artists e seu estúdio Omni Zoetrope. Ao decorrer das filmagens e pós-produção o roteiro foi severamente modificado pelo diretor que o considerava problemático, inspirando-se e adicionando elementos de Dispatches(de Michael Herr), a versão cinematográfica de 1965 da obra Lord Jim de Conrad, que compartilha o mesmo caráter de Marlow em O Coração das Trevas, e Aguirre, der Zorn Gottes(1972/de Werner Herzog). Após seu lançamento, Apocalypse Now ganhou ampla aclamação crítica e seu efeito cultural e temas filosóficos têm sido largamente discutidos desde então. Hoje é fortemente considerado como um dos melhores filmes de todos os tempos. Levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e foi nomeado ao Oscar de Melhor Filme e o Globo de Ouro de Melhor Filme, também foi considerado "culturalmente, historicamente ou esteticamente significante" e foi selecionado para preservação pelo National Film Registry, em 2000. Em 2002, um grupo de críticos de cinema e escritores britânicos do British Film Institute o elegeu o melhor filme dos últimos 25 anos. Na enquete dos maiores filmes da Sight & Sound, o filme foi classificado na 14ª posição, além de aparecer na lista dos melhores filmes segundo o American Film Institute, em 2007.

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