"Jornalismo de ocasião"/Caso Israel Rúbis: O que é mais importante: a lista das diárias ou a lista dos que assinaram pedindo a remoção do delegado?
Chega a ser interessante e irrelevante o modo como certos veículos da chamada "imprensa de Arcoverde" vem tratando os desdobramentos pós-transferência do delegado Israel Rúbis.
Noticiam, com estardalhaço virtual - típico do "jornalismo de ocasião", uma lista de parlamentares e assessores que foram a um congresso e que receberam suas respectivas diárias. Até aí nada demais, pois a prática vem desde os anos 70.
Embora uma investigação esteja em andamento - o que implica que os escribas locais estão fazendo pré-julgamento de quem recebeu ou não recebeu antes mesmo que as instâncias fiscalizadoras definam se os vereadores cometeram o ilícito ou sequer se terão de devolver os gastos.
Uma notícia inteira deve ser dada com responsabilidade, deve se ouvir os dois lados(os blogs só ouviram dois vereadores - um da oposição e outro "nem tanto"). No entanto, causa estranheza os blogs estamparem a foto dos vereadores que foram ao congresso em Maceió, mas não dão uma linha sobre os que, de fato, teriam se empenhado na iniciativa de pedir o afastamento do delegado.
A pergunta crucial que se deve fazer é: o que é mais importante - a lista das diárias ou a lista dos que assinaram o pedido de remoção do delegado Israel?
Isso porque, pela dedução que se faz da última sessão da Casa James Pacheco, há uma lista de signatários que pediram a remoção de Israel Rúbis. Tanto que o vereador Heriberto do Sacolão, ao ser interpelado por um manifestante, disse - "Prove que eu assinei?" Se o parlamentar ficou tão indignado, a ideia repassada à comunidade é de que esse documento existe.<>
Na ânsia de dar "furos", particularmente neste episódio, os blogs locais fazem o "jornalismo de ocasião" ensejando escaramuças pré-eleitorais e não contribuindo para o debate radio dessas questões.
Lembrem -se que todos têm família e, até que se prove o contrário, têm sua trajetória e honra a zelar. Enfim, quando a verdade vier à tona, caberá a opinião publica definir e separar o joio do trigo.
E mesmo que não se separe, não seremos nós(jornalistas) os arautos do que venha a ser correto ou não. Até porque a "verdade não tem dono".
Em tempo: A melhor cobertura do Caso Israel Rúbis, na minha opinião, tem sido de Amannda Oliveira(do Falando Francamente). Ela se limita a informar sem procurar pender para os lados envolvidos na questão.
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