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Psicanálise: Pessoas com desvio de caráter podem ser curadas?

Uma coisa é o ser humano ter "falhas de conduta", já outra coisa é....

Mais um fim de ano vai chegando e com ele se prepara a profusão de mensagens de Feliz Natal e de um excelente 2020. É a famosa "caixinha de mentiras" que se abre.

Uma coisa é você enxergar "falhas de conduta" no ser humano, outra coisa é a pessoa passar toda existência preocupado em ser o "dono da verdade" e paralelamente regar intrigas e maldades.

Ante a dissimulação, omissão e quase nenhuma verdade; o que resta de palpável em meros abraços ou apertos de mão? Quantos desinteresses e desprezos vêm embutidos em risos fictícios e olhares vazios?

Para a psicanálise, o mau- caratismo, em sua essência, ou a perversidade gratuita, não traz a maldade como uma opção e sim porque o adepto do mau-caratismo tem uma ausência total de consciência moral.

A psicanalista Luziane Soprane pergunta: a terapia pode curar pessoas com desvio de caráter? O que nós chamamos de desvio de caráter, a psicanálise chama de perversidade. A psicanálise vê o sujeito com desvio de caráter e/ou “mau-caratismo” e responde se esse desvio tem cura ou não. Todavia, não existe cura para o sujeito perverso. E não hesite em se iludir, pois a conta a ser paga culminará com em efeitos negativos a sua saúde ou a própria vida.

Sem essa consciência, o indivíduo passar a agir calcado na arrogância. Ao mentir para si mesmo, esse indivíduo acredita que, muitos à sua volta, podem lhe bajular achando que é importante dar crédito a "pessoa mais importante do mundo".

O que significa também dizer que ele não planeja ser ruim e sem fazer esforço nenhum está, portanto, a seu ver, agindo de maneira natural. Por tabela, deve-se entender que quem sofre de mau-caratismo é desprovido de qualquer indício de remorso.

Enfim, na conclusão dos trabalhos de Luzziane podemos dizer: não existe na análise cura para tudo. Não raro, existem pessoas que nunca vão assumir a sua identidade verdadeira, ou nunca vão conseguir resolver determinado trauma, independente da estrutura -, pois muitas pessoas não dão conta de elaborar as suas mazelas. O tratamento analítico, portanto, depende de cada sujeito e do nível de profundidade que queira atingir.

Mas, em relação à estrutura perversa, não se pode iludir, a terapia não funciona para as mentes perigosas, pois são frios, calculistas, insensíveis, inescrupulosos, transgressores de regras sociais e absolutamente livres de constrangimentos, ou julgamentos morais internos.

Eles são capazes de passar por cima de qualquer pessoa apenas para satisfazer seus próprios interesses. Mas ao contrário do que pensamos, não são loucos, nem mesmo apresentam qualquer tipo de desorientação. Eles sabem exatamente o que estão fazendo.

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