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E-mails atribuídos à Dilma são válidos e podem, sim, ser rastreados





Não há segredo no mundo virtual. Os e-mails atribuídos à ex-presidente Dilma Roussef pela delatora Mônica Moura são válidos e podem ser rastreados. É que garante o coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio, Pablo Cerdeira. Segundo Cerdeira, “tudo que está na internet deixa rastros”.  Quando a mensagem não vai a lugar nenhum, pois permanece no rascunho do correio eletrônico, ainda é possível descobrir com mandados de busca e apreensão. Além disso, o Google também tem as informações salvas no rascunho do e-mail.

Tanto o e-mail 2606iolanda@gmail.com quanto o outro, iolanda2606@gmail.com, que foram atribuídos a Dilma, são considerados válidos e podem ser rastreados. Para evitar o rastreamento, Dilma e Mônica Moura se comunicavam por e-mails escritos como rascunho e salvos sem enviar. As duas tinham a senha e acessavam a conta para conversarem.
Para descobrir quem utilizou determinado e-mail, é preciso de duas etapas. A primeira é solicitar ao Google (dono do Gmail) as redes de conexão usadas pelo correio eletrônico. Depois, é necessário solicitar às empresas provedoras de conexões os locais em que houve o uso do e-mail.

Portanto, a coisa fica feia. De um lado há os chamados “provedores de aplicação”, que oferecem um serviço (no caso, o Google oferece o Gmail). Estes provedores informam quais foram os “provedores de conexão” (empresas que oferecem acesso à internet) usados, que, por sua vez, informam os endereços finais dos usuários.

Segundo os especialistas, o Ministério Público pede uma ação cautelar para o Google dizer quais IPs estavam vinculadas a essa conta (de e-mail). IP é o número único de conexão para internet, que é mais ou menos igual ao CEP. O Google vai informar isso. Depois, para saber qual computador estava conectado, vão precisar de outra ordem contra provedores de conexão.

A conexão pode ter sido feita por uma rede doméstica ou por uma rede corporativa. Para o primeiro caso, a questão estaria praticamente resolvida, já que numa conexão em casa o alvo estaria evidente. Já se a conexão tivesse sido feita por uma rede corporativa, haveria indícios de quem fez o acesso. Porém, só quem saberia realmente quem teria usado o correio seria a pessoa que controla a rede interna da empresa. Quando a mensagem não vai a lugar nenhum, pois permanece no rascunho do correio eletrônico, ainda é possível descobrir com mandados de busca e apreensão, por exemplo. O Google também tem as informações salvas no rascunho do e-mail.



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