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Ana Maria começou vendendo cesta básica e hoje tem seu mercadinho





Há dois anos, uma história de luta e determinação de uma mulher simples do Sertão de Pernambuco chamou a atenção dos julgadores do Prêmio Mulher de Negócios do Sebrae. Logo veio a notícia: a comerciante Ana Maria Bezerra Cleophas, 39 anos, mãe de dois filhos, moradora do bairro Boa Esperança, em Arcoverde, foi a grande vencedora da disputa. 

Tudo começou quando uma funcionária da Associação Comercial e Empresarial de Arcoverde (ACA) fez a inscrição de dona Ana Maria ao Prêmio Mulher de Negócios do Sebrae. “Quinze dias depois chegou a documentação na minha casa somente para eu assinar. Mas, no meu entendimento, eu não tinha terminado de montar o mercadinho e não deveria me inscrever naquele momento. Mesmo assim, eles (ACA) me convenceram de que a inscrição deveria ser feita”, disse.

Ela acabou vencendo outras 394 concorrentes. “Não esperava ser finalista, muito menos ser a vencedora. Estou muito feliz. Agora estou confiante para ganhar a etapa nacional”, assinala a comerciante.

ENREDO DA VIDA

A história de mulher empreendedora de Ana começou, em 2010, com a instalação de uma pequena mercearia na sala de sua residência. “Derrubei a parede para montar as prateleiras. Desde pequena nutria um sonho de ter meu próprio negócio. Aos 4 anos de idade, acompanhava meu pai na feira livre. Já adulta, trabalhei em uma farmácia durante vários anos, mas tive que parar por problemas de saúde”, conta, e complementa:
Um dia resolvi pegar meu Chevette (veículo) 79 e colocá-lo à venda. Paguei algumas dívidas e sobrou apenas a quantia de  R$ 400. Pensei meu Deus como vou montar um comércio com este dinheiro?

Ana Maria então resolveu ir a um supermercado concorrente e ali comprou o restante da mercadoria que faltava. “Comprei uma farta cesta básica e coloquei nas prateleiras. “Os vizinhos chegavam pra mim e indagavam: “Você é louca em colocar um mercadinho num local com vários concorrentes? Não vai dar certo!”

Mas seu diferencial foi atender bem aos clientes. “Queria que as pessoas saíssem satisfeitas. Muitas vezes, eu não dispunha de um produto procurado. Então, saía correndo para o supermercado concorrente, adquiria o que estava faltando e depois deixava na casa do meu freguês. Geralmente, não tinha lucro, mas ele ficava satisfeito”. A microempreendora passou não só a atender, mas também a ouvir as pessoas em seu comércio. “Muitas vezes, elas chegam com problemas pessoais e eu dou conselhos”, comenta.

Ela realiza um trabalho social dentro de sua comunidade. “De vez em quando entrego uma cesta básica na igreja católica para serem distribuídas com famílias carentes do bairro. Armazeno também papelão e outros materiais recicláveis e faço doação para os catadores”. A micro empreendora sertaneja colocou uma faixa em frente ao seu Mercadinho Santa Catarina, em agradecimento aos clientes e fornecedores pelo prêmio conquistado.




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