Enchentes: Até na desgraça tem gente querendo “se dar bem”
Esse é o Brasil em que vivemos: na desgraça das enchentes as pessoas têm de ficar de olho nas casas para que espertinhos não levem o pouco restou. Acha pouco? E o que dizer da Defesa Civil de Alagoas que inicialmente informou que eram 39 mil vítimas, hoje esse número não passa de oito mil?
Trocando em miúdos: a verba emergencial do governo federal que chegou ao Estado deve ser devolvida - isso porque o Ministério Público investiga fraudes e fala em punição onde houve má fé. A Defesa Civil de Alagoas deu a versão de que a queda no número de pessoas desabrigadas e desalojadas por causa das chuvas já era esperada e justificou que a disparidade se deu por causa de retirada preventiva das famílias de suas casas com base nos riscos.
“Depois que o nível dos rios baixou e pessoas puderam retornar para suas
casas, pudemos ter uma noção melhor do tamanho do desastre. Nós já esperamos a
redução no número porque trabalhamos de forma preventiva. Podemos citar como
exemplo a cidade de Jacuípe, que tinha pouco mais de dois mil desabrigados e
desalojados e hoje não tem nenhum”, afirma. Sobre os R$ 13 milhões que
foram destinados pelo governo federal às vítimas das chuvas em Alagoas, o major
Moisés disse que o valor será devolvido.
O presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo
Wanderley disse ainda que a verba enviada pelo governo federal ainda não tinha
sido utilizada pelo governo de Alagoas. “Não
foi utilizado nenhum centavo. Como o major falou, o desacordo nos números já
era previsto. Prevemos nem gastar um só centavo desses recursos. Relatório
prazo curso, no momento do desastre, não tínhamos como ter um número exato do
que tinha ocorrido dos danos. De acordo com áreas vai diminuindo, número exato
da situação. Será analisado caso a caso", afirma.
O presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo
Wanderley, prefeito de Cacimbinhas (PMDB), disse que os municípios agiram
corretamente, mas que o Ministério Público vai investigar se houve alguma
irregularidade. “Se houve má fé, ela será punida. O Ministério Público vai continuar
acompanhando o trabalho das prefeituras. Quero parabenizar o trabalho de todas
elas que agiram rapidamente, de forma preventiva”, disse Hugo.
O Ministério Público informou que vai desenvolver ações que possam
garantir lisura em relação a assistência obrigatória desses vitimados. A
comissão do MP está acompanhando in loco as visitas aos municípios e exigindo
relatórios condizentes com a realidade. "E com relação a quem agiu com dolo, ou seja,
que superfaturou números na tentativa de receber mais recursos públicos, esse,
sim, vai responder na Justiça pelo ato praticado. A lei será aplicada contra
ele”, alertou o coordenador da Comissão, promotor de Justiça José Antônio
Malta Marques, da 49ª Promotoria de Justiça da Capital.
O Ministério Público informou que vai desenvolver ações que possam
garantir lisura em relação a assistência obrigatória desses vitimados. A
comissão do MP está acompanhando in loco as visitas aos municípios e exigindo
relatórios condizentes com a realidade. "E com relação a quem agiu com dolo, ou seja,
que superfaturou números na tentativa de receber mais recursos públicos, esse,
sim, vai responder na Justiça pelo ato praticado. A lei será aplicada contra
ele”, alertou o coordenador da Comissão, promotor de Justiça José Antônio
Malta Marques, da 49ª Promotoria de Justiça da Capital.
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