Altino Ventura divulga outra nota e diz que está de “coração apertado”. Veja, abaixo da matéria, a opinião de Priscila Krause
Dias depois de comunicar o fechamento da unidade de Arcoverde, a Fundação Altino Ventura divulgou outra nota à população onde “agradece à população de Arcoverde e mais 13 municípios do Sertão do Moxotó e Agreste pelo carinho que sempre acolheu suas equipes de trabalho, que tanto fizeram pela população desta região”.
No segundo parágrafo da nota diz: “É com coração apertado que a instituição comunica o fechamento da filial Arcoverde, devido à falta de repasses de recursos da Secretaria Estadual de Saúde – SES-PE, cujo débito soma, hoje, R$ 18,5 milhões”. Cita o POA(orçamento aprovado pelo Estado) de Arcoverde e Salgueiro também continua sem ser pago, desde maio de 2017 até junho de 2018 (13 meses), totalizando R$ 4,6 milhões.
A FAV é uma entidade privada sem fins lucrativos, que atua como rede complementar ao Sistema Único de Saúde - SUS do estado de Pernambuco, e depende do repasse do governo. Apesar de diversas tentativas de negociação junto à SES, e mesmo após intermédio do Ministério Público Estadual - MPPE, a Secretaria de Saúde não saldou os acordos firmados. Essa situação também foi comunicada oficialmente ao Ministério da Saúde. Há quatro meses, segundo a diretoria da FAV, aconteceu uma reunião com representantes das prefeituras de Arcoverde e Salgueiro, propondo a formação de um consórcio intermunicipal para custear os serviços com recursos das prefeituras da região.
Mas sem contar com o devido, a FAV informou aos respectivos gestores que a unidade encerraria suas atividades por falta de recursos financeiros. Diante da falta de repasse por parte do governo estadual, a FAV ficou restrita a 35% de sua capacidade operacional, deixando de oferecer serviços fundamentais à população que tanto necessita.
A opinião de Priscila Krause*
Lamentável o encerramento das atividades da Unidade Avançada da Fundação Altino Ventura em Arcoverde, que atendia 13 municípios do Sertão do Moxotó e Agreste Central. A
Fundação argumenta "de coração partido" que governo Paulo Câmara deve mais de R$ 18 milhões, impedindo a continuidade dos serviços. Não é de hoje que chamamos atenção para os problemas do fluxo de caixa do governo estadual. Restos a pagar se avolumam ano após ano e, mesmo com aumento significativo de impostos, gestão não consegue fechar as contas. Muito além de números, falamos de serviços públicos, de vidas.
Priscila Krause é deputada estadual.

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