Siqueirinha bate forte em Zeca Cavalcanti, mas oposição relembra caso de eventual desvio de verba na gestão de Sargento Siqueira
Uma semana depois de ter feito críticas contra a estratégia de campanha de Zeca Cavalcanti, que tentava um segundo mandato na Câmara Federal, o vereador Siqueirinha voltou a bater forte no ex-prefeito.
Listou dezenas de processos que Zeca está por responder no Judiciário e citou ações da Polícia Federal. Siqueirinha disse ainda que a oposição acusa a atual gestão sem nenhuma prova baseada apenas num mero relatório da CGU.
A presidente da Casa, Célia Galindo, deu a palavra a oposicionista Zirleide Monteiro pois, a mesma, foi citada várias vezes por Siqueirinha como sendo “afilhada de Zeca”. “Engraçado o colega Siqueirinha vir agora com um falso moralismo; talvez ele esteja esquecido que seu pai - Sargento Siqueira - também foi alvo, há quatro anos, de auditoria do TEC e de posterior denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), quando presidia esta Casa, quanto a eventual desvio de verbas”, rebateu Zirleide.
Fontes presentes na Câmara de Vereadores disseram à este site que Siqueirinha, após as eleições, poderia estar sendo instruído por um assessor de um grupo político para atacar Zeca. Siqueirinha negou e rebateu dizendo que é a oposição que age lendo coisas elaboradas por um blogueiro local.
Auditoria Especial realizada pelo Tribunal de Contas na Câmara Municipal de Arcoverde resultou na imputação de débito no valor de R$ 318.085,41, ao então presidente da Casa, Miguel Leite de Siqueira - o Sargento Siqueira - solidariamente com o tesoureiro, à época, Ricardo Barbosa de Menezes.
O caso a que se refere Zirleide foi notícia, ainda, em 2015. Uma auditoria foi formalizada pelo Tribunal de Contas do Estado, em decorrência da Tomada de Contas Especial, instaurada pelo então presidente da Câmara, Miguel Leite de Siqueira, para apurar “possíveis irregularidades na condução dos serviços de tesouraria”.
Siqueira(pai) foi informado por meio dos responsáveis pela contabilidade da Casa sobre a saída de recursos, em valores elevados, da conta de titularidade da Câmara, movimentada na Caixa Econômica Federal, em favor da conta poupança do tesoureiro Ricardo Barbosa(entre os meses de outubro de 2014 a fevereiro de 2015). Siqueira então pediu explicações a Ricardo, que confirmou a transferência do dinheiro para sua conta.
Justiça se faça, Siqueira, ao mesmo tempo, nomeou a comissão de Tomadas de Contas Especial, que constatou ser passível de devolução o montante de R$ 331.119,61, já deduzidos R$ 60.601,19 devolvidos anteriormente. Ficou, ao fim, constatada a transferência indevida de valores para a conta do tesoureiro, o pagamento irregular de diárias no valor de R$ 117.096,00 e o pagamento em duplicidade do 13º salário do interessado no valor de R$ 1.501,50. O relatório técnico do TCE também concluiu que, mesmo não havendo indícios de que o presidente da Câmara tenha se beneficiado dos valores desviados, ele contribuiu diretamente para que os danos ocorressem.
Nota da Redação: O ex-deputado federal Zeca Cavalcanti embora, como é público, enfrente tais processos aludidos, nunca foi condenado pelos ilícitos que lhe são imputados, não sendo assim nenhuma das ações transitadas e julgadas. O mesmo ocorre com o ex-presidente da Câmara Sargento Siqueira que tem o referido inquérito na alçada da Promotoria de Arcoverde.

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