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Exclusivo/Unidade da Altino Ventura em Arcoverde na berlinda: Ninguém sabe dizer se os serviços irão continuar

Há dois meses o site www.muriemoraes.blogspot.com procurou a coordenação da Unidade da Fundação Altino Ventura, que funciona próximo ao Hospital Regional de Arcoverde, para saber quanto à possibilidade de fechamento da unidade na cidade. Na ocasião, foi nos dito que só a Direção, no Recife, poderia responder. Nesta segunda-feira(05.11) estivemos lá e, mais uma vez, a coordenação entrou em contato com o Setor de Comunicação e o setor informou apenas que iria checar se recebeu nosso e-mail pedindo informações. O que apuramos é que os exames pré-agendados estão mantidos, inclusive o movimento hoje era grande no hall de recepção. As dificuldades da FAV em Arcoverde se arrastam há sete anos. De acordo com informações do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, a unidade da FAV já vem correndo o risco de fechar as portas em Arcoverde. O centro médico, que é referência no diagnóstico de doenças dos olhos e cirurgias de catarata, está enfrentando problemas financeiros. Na época, as despesas eram superiores a R$ 30 mil por mês. Não se sabe quais os custos atualizados. Uma das propostas é a participação da iniciativa privada e também a formação de um consórcio entre os 15 municípios beneficiados pela FAV no Agreste e Sertão do Estado. De acordo com o coordenador de Projetos Sociais e Unidades Avançadas da Fundação Altino Ventura, Gibson Trindade, o centro de atendimento em Arcoverde foi implantado há dez anos e desde então vem funcionando em um espaço alugado, o que representa um gasto extra. O valor do imóvel é rateado entre a gestão municipal e a FAV, mas segundo Trindade o maior custo está na folha de pagamento, hospedagem e deslocamento da equipe de saúde. “Toda semana sai do Recife um médico de especialidade oftalmológica diferente. Isso acontece desde o início e vem gerando um custo de R$ 30 mil. Acaba sendo um valor muito alto para uma instituição filantrópica como a nossa”, comentou o coordenador. Trindade destacou que acionou o poder público para pedir apoio e atender a demanda, sem prejudicar a população. “Foram chamados à responsabilidade todos os envolvidos das cidades contempladas pelo serviço para, juntos, resolvermos a questão. Fazemos 1,3 mil atendimentos por mês entre consultas, exames e cirurgias de catarata e já tiramos 700 pessoas da condição de cegueira”, afirmou Trindade. O problema ensejou encontro de gestores municipais com a participação de representantes da sociedade civil, como Associação Comercial, Lojas Maçônicas, Mens Sana, Fundação Terra, Rotary e Lions. O presidente da Associação Comercial, Jaime Espósito, se prontificou em promover uma campanha de arrecadação junto aos associados, assim como as demais entidades. Os vereadores vão agendar encontro com a prefeita Madalena Brito para buscar uma saída para o impasse. Os parlamentares pedem, inclusive, a doação de um terreno para que a unidade da FAV seja construída eliminando assim o custo com aluguel.

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