Exclusivo/Míssil Siqueirinha: "Não admito levar 'pito' de ninguém"; mas Célia nega que houve desrespeito ao colega
A transcrição de parte do teor da sessão da Câmara de Vereadores de Arcoverde, realizada na ultima segunda- feira, 10 de Fevereiro, revela um clima pesado entre o vereador Weverton Siqueira(Siqueirinha) e a presidente Célia Galindo.
Siqueirinha não gostou de ver uma correligionária sua - Luzia Damascele - sofrer restrições quanto ao acesso ao seu gabinete.
O vereador também reclamou o modo como foi tratado pela colega ao abordar assunto relativo ao trabalho de um cinegfrafista que chegou a transmitir as imagens das sessões.
Estranhamente - nenhuma rádio(incluindo a FM que agora transmite a sessão), nem blogs, nem sites, repercutiram o episódio. Só no www.muriemoraes.blogspot.com.br você fica sabendo.
Confira o debate:
Siqueirinha - Presidente, a senhora era para ser uma das maiores advogadas do Brasil, a senhora tem o dom da oratória, sabe se defender e defender os outros. Mas quero dizer que sou uma pessoa sensata, mas quando tomo uma decisão está tomada.
Na última quinta-feira, dia 6, a senhora me convidou para uma reunião para tratar do projeto do Funpremac. Quando estava na escadaria da Câmara cruzei com o rapaz que fazia as filmagens das sessões e indaguei por que ele não mais estava fazendo o trabalho; o mesmo me disse que não estava realizando mais porque a Presidência não deliberou para que ele continuasse fazendo. Então naquele momento a senhora, na frente de todo mundo(inclusive muitos viram a cena) se dirigiu à mim falando alto indagando porque eu estava balançando a cabeça e ainda dizendo "Siqueirinha, fiz o que pude por esse rapaz". Ora, balancei a cabeça porque a cabeça é minha - balanço para o lado que eu quero; afinal não estava concordando porque o rapaz fazia o trabalho dele com competência e excelência. Nesse momento fui embora com vergonha porque sempre respeitei a senhora, sempre tratei bem todos aqui na Câmara.
Depois, na última segunda-feira, minha correligionária Luzia Damascele me procurou chorando dizendo que a senhora disse que ela não podia fazer trabalhos no meu gabinete. Mas sabemos que um locutor passou dois anos dando serviço no seu gabinete. Então para uns pode, para outros não?
As pessoas precisam saber também que a Câmara tem dois ambientes: um quando a presidente não está presente, todos conversam e interagem normalmente. Mas quando a presidente chega, aí se instala o medo. Vou dizer: não admito levar pito da senhora, respeito a senhora mas também quero respeito; se mexer com meu pessoal está mexendo comigo.
Célia - Veja, em nenhum momento me pronuncuei dessa forma - estão aí os assessores que corroboram o que falei; não é motivo para Vossa Senhoria achar que houve algo além do que eu estou dizendo, não há uma vírgula fora do lugar.
Todas essas pessoas eram para dar expediente, para fazer o que os amigos de Siqueirinha estavam fazendo. O que eu digo é que chamei os nomeados no lugar dos que não davam expediente; o Ministério Público me pediu as informações e eu estou entregando as filmagens das pessoas. Não tem nada além disso.
Quanto ao locutor Adriano Ferreira, ele nunca redigiu um requerimento sequer em meu gabinete. Apenas ele passou 4 meses tirando a licença de uma funcionária. Também é bom ficar claro que não posso ficar trazendo para a Casa representantes de comunidades, pegar amigos para chegar na sala quando tenho 6 pessoas nomeadas para fazer isso.
A Primeira Secretaria não trabalha com os funcionários que o vereador impõe, ela trabalha com os funcionários da Casa. Outra: pode perguntar a qualquer vereador quais funcionários deles já foram desrespeitados aqui dentro.
Há politicos que querem fazer a coisa certa, precisamos fazer como a Lei manda, portanto não desrespeitei ninguém. Quanto ao caso do cinegrafista, expliquei que não podia fazer a licitação porque não temos como pagar. Aliás esse serviço já vem sendo feito à custo zero para a Câmara.
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