Marília Arraes visita Arcoverde e mais seis cidades do Sertão
A vereadora
Marília Arraes(PT) começou seu giro de visitas pelo Sertão por Arcoverde. Aqui
a parlamentar concedeu entrevista a uma emissora da cidade e, de forma
especial, a este site. Ela foi ciceroneada por membros do diretório do partido(leia-se
Verones Magalhães, Draiton Moraes, Maria José, Josias José e Karla Magalhães). “Vamos aproveitar esse giro para debater com
a sociedade civil aspectos das reformas previdenciária e trabalhista, os
brasileiros estão apreensivos com uma eventual perda dos direitos conquistados
ao longo dos anos”, afirmou Marília.
De
Arcoverde, Marília seguiu para Serra Talhada, Quixaba, São José do Egito,
Tuparetama, Tabira e Carnaíba. Nessas cidades, haverão eventos similares onde
evidentemente serão levantados outros temas como o atual quadro político de
Pernambuco e do país. “Em Pernambuco, por
exemplo temos um governo acéfalo, a violência só faz crescer, aumentam os
crimes contra o patrimônio, tornou-se rotina as explosões de agências
bancárias, casos de estupro se multiplicam e a crise hídrica toma conta de
várias microrregiões com a população sem água nas torneiras”, avaliou
Marília.
“Em 10 anos do Pacto Pela Vida não houve investimentos efetivos, muita
coisa ficou no plano secundário, toda uma geração foi excluída e a repressão só
aumentou”, afirmou a petista. No quesito saúde a situação não é diferente. “Vemos hoje obras para construção de UPAs e
UPAEs paradas; em Arcoverde, por exemplo, no Hospital Regional sabemos de duas
ambulâncias sucateadas – se criou a imagem negativa da gestão pública o que, de
certa forma, implicou na entrega de unidades às chamadas OS(Organização Social)”,
enfatizou Marília.
Trajetória
Marília Valença Rocha Arraes de
Alencar tem 33 anos e cresceu em um ambiente de intensa atividade política. É filha
da psicóloga Sônia Valença Rocha Arraes de Alencar e do administrador de
empresas Marcos Arraes de Alencar. Seus irmãos são Arthur, Maria e Lucas. É
também prima do ex-governador Eduardo
Campos e da atriz Luisa Arraes. É ainda sobrinha da ex-deputada e
atual ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes.
Marília desde cedo pôde conviver com a realidade do povo de Pernambuco e do
Recife. Seu principal aprendizado foi defender os mais necessitados, movida
pelo ideal de transformação da sociedade, sempre participando das movimentações
e campanhas políticas ao lado do avô.
Filiou-se ao PSB em 2005, partido
que foi presidido por Arraes. Marília sempre teve um trabalho ativo, militando
em diversas campanhas socialistas. Em 2007, formou-se em direito pela
Universidade Federal de Pernambuco. Durante o curso, engajou-se no movimento
estudantil, debatendo gênero e a pluralidade de direitos, além de trabalhar em
projetos de melhorias para conservação do patrimônio da universidade.
Aos 24 anos, elegeu-se vereadora
do Recife com 9.533 votos, sendo a parlamentar mais nova na 15ª legislatura.
Durante o biênio 2009/2010, atuou como presidente da Comissão de Políticas
Públicas da Juventude. Em 2011, tornou-se a primeira mulher a presidir a
Comissão de Legislação e Justiça. Em 2012, reelegeu-se vereadora com 8.841
votos. Logo após as eleições, assumiu a Secretaria Municipal de Juventude e
Qualificação Profissional. Marília voltou à Câmara Municipal do Recife em abril de 2014.
Mas, devido à guinada à direita
do partido, renunciou à candidatura de deputada federal. Também denunciou
interferência da cúpula do PSB na juventude do partido. Em julho do mesmo ano,
Marília anunciou o apoio à candidatura do senador Armando Monteiro ao governo
do Estado de Pernambuco, à do ex-prefeito do Recife João Paulo ao Senado, e também
à candidatura da reeleição à Presidência da República de Dilma Rousseff. ”Sempre ressalto que, na época, o impasse não
se deu só pela indicação da candidatura de Paulo Câmara, na verdade o problema
foi mais de alinhamento político, houve um traição histórica aos preceitos do
PSB, deram as costas ao que sempre pregamos”, enumera Marília.
Discordando veementemente das ações conduzidas pela cúpula do partido na Prefeitura do Recife e no governo do Estado, em especial após a morte do ex- governador Eduardo Campos, em agosto de 2014, Marília começa a fazer uma forte oposição dentro do seu mandato, na Câmara Municipal. Em fevereiro de 2016, oficializou sua desfiliação do PSB, justificando falta de democracia interna, além da mudança das convicções e ideologias.
Após duras críticas ao PSB, Marília ingressou no Partido dos Trabalhadores. A
vereadora teve sua ficha de filiação abonada pelo ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, durante a festa dos 36 anos do PT, no Rio de Janeiro. O ato de
filiação aconteceu em março de 2016, na Câmara dos Vereadores do
Recife. Após tomar posse para o terceiro mandato, Marília assumiu a liderança
da bancada de oposição na Câmara Municipal do Recife. De acordo com os
analistas políticos, é um dos nomes cotados para disputar o governo do Estado
de Pernambuco em 2018.
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Verones, Draiton, Marília, Maria José, Josias e Karla após entrevista em uma emissora da cidade |
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